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Joaquim Brigas: “Revisão do RJIES deve garantir financiamento adequado às instituições do interior”


Na receção a Aguiar-Branco, o presidente do Politécnico da Guarda pediu aos deputados que considerem três aspetos quando a Assembleia da República discutir a revisão do regime jurídico das instituições de ensino superior: o financiamento de politécnicos e universidades em regiões transfronteiriças; as matrículas de alunos internacionais e de regimes especiais; e a equidade na contratação de investigadores. “Sem estas condições, não conseguirão cumprir a sua missão”, afirmou Joaquim Brigas.

Na revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), os deputados devem ter em atenção “o adequado financiamento que as instituições do ensino superior de regiões transfronteiriças, como o IPG, devem ter e não asfixiá-las financeiramente ano após ano”, afirmou hoje Joaquim Brigas, presidente do Instituto Politécnico da Guarda – IPG ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, durante a sua visita à Escola Superior de Turismo e Hotelaria, em Seia.

Para o presidente do Politécnico da Guarda, “o regresso da possibilidade de alunos internacionais e de regimes especiais poderem matricular-se até 30% além do total de vagas das instituições de ensino superior e a garantia de equidade às instituições do interior na contratação de investigadores altamente qualificados”, são outros dois aspetos que devem merecer a atenção da Assembleia da República quando a revisão do RJIES for discutida, afirmou Joaquim Brigas, durante a iniciativa “Parlamento Próximo” que trouxe Aguiar-Branco ao distrito da Guarda.

“Sem estas condições, não há política de coesão territorial no que respeita ao ensino superior, como não há apoio ao interior nem à sua capacidade para atrair e fixar quadros”, afirmou Joaquim Brigas. “Sem estas condições, os politécnicos e as universidades destes territórios não conseguirão cumprir a sua missão”.

O presidente do IPG considerou que a visita de Aguiar-Branco teve a virtude de aproximar a Assembleia da República e os seus deputados de uma escola de ensino superior “tão singular como a de Turismo e Hotelaria, em Seia, que é a única no interior do país dedicada integralmente às ciências do turismo, da restauração e da gastronomia, da hospitalidade e da gestão hoteleira”.

Joaquim Brigas considerou a revisão do RJIES “crucial para garantir aos jovens que estudam no interior uma igualdade de oportunidades face aos alunos dos grandes centros e para dar condições de inovação e de competitividade aos tecidos social e empresarial de regiões transfronteiriças, como a da Guarda”. Sem um ensino superior forte no Interior, “Portugal nunca será um país desenvolvido, equilibrado e coeso como todos desejamos”, concluiu.