
Chão do Rio – Turismo de Aldeia abriu de novo à Comunidade
Depois de uma pausa de 2 anos, imposta pela pandemia Covid-19, o Chão do Rio – Turismo de Aldeia muniu-se de máscaras e abriu-se de novo à comunidade para celebrar um dia pela floresta desta vez colocando o foco nas alterações climáticas.
No passado dia 24 de outubro, uma vez mais com o pretexto do aniversário dos incêndios de Outubro de 2017, e depois de uma pausa de 2 anos imposta pela COVID-19, o Chão do Rio – Turismo de Aldeia abriu-se de novo à comunidade local e celebrou “Um dia pela Floresta”.
Desta vez o foco do evento foram as alterações climáticas, afinal uma das grandes causas daquele evento dramático vivido em 2017 e que viria a impor uma paragem de 7 meses ao empreendimento.
Fizeram parte do programa Isabel Lindim, jornalista, que veio falar do seu recente livro _ “Portugal 2071, o impacto das alterações climáticas no país que os nossos filhos vão herdar”; o Biólogo José Conde, do Centro de Interpretação da Serra da Estrela, que abriu o evento com uma visita interpretada à Floresta do Futuro, área de 4 hectares, assim batizada por ter sido antes uma mata de pinheiro manso que o fogo levou e que é agora um Carvalhal de 4 anos em recuperação; Rossano Filippini, membro da associação Guardiões da Serra da Estrela e da organização Food4sustainability, baseando-se nos resultados do seu projeto em Vale dos Prazeres, veio apresentar as vantagens em associar os princípios de Rewilding (assim chamado o processo de renaturalização de uma determinada área) à Agrofloresta; o Prof. Carlos Fonseca, CTO da ForestWise e Professor convidado no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, apresentou o seu próprio caso de regeneração (dos fogos de 2017) de uma propriedade de 20 hectares de cultura de medronheiro BIO, e as oportunidades desta cultura enquanto sistema Agroflorestal sustentável; Catarina Vieira, gerente do Chão do Rio, veio apresentar as ações do estabelecimento Chão do Rio com vista à prossecução dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que fazem parte da agenda 2030 das Nações Unidas; o evento encerrou com a libertação de dois animais selvagens, por duas crianças, animais estes trazidos do CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens em Gouveia) por Ricardo Brandão, coordenador e médico veterinário no CERVAS.
Um destes animais, um mocho Galego, 2 meses antes havia sido recolhido encurralado numa chaminé, ali mesmo, no Chão do Rio.
O evento decorreu parcialmente no exterior e, por via das orientações impostas pela DGS, as apresentações ocorreram de forma alternada, em duas casas convertidas em auditórios, cada uma com 30 lugares sentados (num total de 60 em todo o evento) e transmissão simultânea entre salas. Os que quiseram levar como recordações mais que as memórias, ou a bolota oferecida pelo Chão do Rio, puderam fazer compras no mercadinho de artesanato de produtos locais que teve lugar debaixo do grande Carvalho Roble que se encontra no centro da propriedade.
Neste dia perfeito para todos, até o sol e as temperaturas amenas vieram assistir ao Dia Aberto Chão do Rio.