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BE da Guarda exige reabertura da Linha da Beira Alta e valorização do interior


A candidatura do Bloco de Esquerda (BE) pelo círculo eleitoral da Guarda exigiu, durante o último fim de semana, a reabertura da Linha da Beira Alta e a valorização do território do interior, através da melhoria das acessibilidades. 

A exigência saiu da visita da Coordenadora Nacional do BE, Mariana Mortágua, na última sexta-feira (1 de março), aos concelhos da Guarda e Covilhã, onde realizou uma viagem entre os dois municípios.

Em comunicado, o partido bloquista propõe “a gratuitidade progressiva dos transportes públicos, a reabertura da Linha da Beira Alta e as ligações perdidas da Linha do Douro e da Beira Baixa, a criação do passe ferroviário nacional e do passe de transporte intermodal dentro de cada CIM”, até porque, segundo a lista candidata, “o TGV garante o transporte rápido de mercadorias e aumenta a atratividade da região”.

Para o BE “conceitos como ‘fixar as pessoas no interior’ e ‘valorizar o território’ precisam de ser propostas concretizáveis que retomem a justiça aos territórios de baixa densidade”. Segundo o partido, 60 por cento da população vive em áreas metropolitanas ou em grandes cidades, uma “tendência agravada por decisões políticas que esvaziaram o interior de serviços públicos, de transportes e de empregos, reduzindo a qualidade de vida”.

O BE propõe “uma real valorização do território e das comunidades através da garantia de acessibilidades nas situações de isolamento das comunidades e dos aglomerados populacionais”. “Estes objetivos só serão possíveis com a antecipação do fim das PPP rodoviárias, e a eliminação das portagens para as auto-estradas de acesso às regiões do interior, que diariamente aumentam os custos das/os trabalhadoras/es e das empresas; a conclusão do plano rodoviário nacional, nomeadamente os Itinerários Complementares (IC) e a recuperação urgente das estradas nacionais essenciais à mobilidade no distrito”, explica, propondo um “processo participado, aberto e democrático com vista à regionalização”.

A lista candidata pelo Círculo da Guarda refere ainda que “o desinvestimento que se tem vindo a fazer sentir é uma constante”, pelo que “já tarda um programa de reabertura gradual de serviços públicos nos territórios de baixa densidade acompanhado de incentivos à fixação de trabalhadoras/es”.