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Diretor: Paulo Menano

Gouveia: Celebração do 49º Aniversário da Revolução de 25 de abril de 1974


O Município de Gouveia celebrou o 25 de abril com uma série de iniciativas evocativas desta data tão importante para a democracia portuguesa.

A cerimónia iniciou-se com o ato solene do Hastear das Bandeiras, ao som do Hino Nacional, entoado pela Sociedade Musical Gouveense “Pedro Amaral Botto Machado”, seguindo-se a Sessão Solene, que decorreu na Sala de Sessões da Assembleia Municipal.

A abertura da sessão ficou a cargo do Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Gouveia, Dr. Gil Barreiros, que começou por cumprimentar os presentes, referindo que “enquanto membros da Assembleia Municipal, temos que assumir aqui, hoje também, o orgulho em sermos representantes do órgão democrático e deliberativo deste concelho que nasceu com o 25 de abril…”, referindo, também, que “o 25 de abril é a procura incessante, do dia a dia, de maior justiça social para que haja mais democracia.” Para o Presidente da Assembleia Municipal esta data e tudo o que ela representa será o que os jovens, que não a viveram, quiserem, referindo que “Uma geração que não tem ideia do que foi o passado mas que tem de ter ideia do que quer para o futuro.”

A sessão prosseguiu com a declamação de poemas por Diogo Viana e Joana Duarte, alunos do Agrupamento de Escolas de Gouveia, intercaladas com as intervenções da Professora Ofélia Carvalho e do Sr. José Castro, da Universidade Sénior de Gouveia, que reproduziram as vivências relatadas por várias pessoas sobre o sentir deste “Dia da Revolução dos Cravos”.

A este momento sucederam-se as intervenções protocolares partidárias, pela voz dos representantes dos Partidos Social Democrata e Socialista.

Ricardo Morgado, representante do PSD, lembrou, assim, esta data como “uma data que nos une a todos de igual forma, não tem donos, senhorios ou lugares VIP…”, salientando, no entanto, que “a democracia é um projeto inacabado e a liberdade, essa, tem costas largas, quase 50 anos depois devemos celebrar entusiasticamente abril, tal como devemos refletir, pois continuamos ainda tão longe de algumas das suas promessas…”

Após a recitação de mais um poema, por Simão Oliveira e Maria Cardoso, Pedro Pacheco, representante do PS, usou da palavra, salientando que “o 25 de abril é um dia único e irrepetível, o dia em que todos nos encontramos vindos de percursos tão diversos, animados por ideais bem distintos.” “O 25 de abril é a nossa casa comum feita de liberdade e esperança e a nós, aqui e agora, só importa repetir que há um país que se construiu com liberdade, um estado de direito democrático, uma constituição da República que consagra os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.”

Seguidamente, André Ferreira, declamou “A Fábrica”, de José Carlos Ary dos Santos, passando a palavra ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Dr. Luís Tadeu, que começou por saudar, particularmente, os jovens que participaram na sessão, referindo que são eles, em representação de todos os outros, o futuro do concelho, mostrando também a importância desta data que possibilitou “que hoje pudéssemos estar, todos juntos, a celebrá-la.”

“Uma data que assinala uma viragem da história de Portugal e que, todos somos unanimes em concordar, que, de uma forma ou de outra, abril nos toca a todos de uma maneira especial, porque simboliza a força e resiliência de uma nação na construção da liberdade. No dia 25 de abril de 1974 conseguimos liquidar a ditadura, um regime que impunha um silenciar de vozes e de vontades, conseguimos, enquanto nação, reviver a epopeia de um povo que outrora Camões reclamou como heroico.”

Terminadas as intervenções protocolares, a cerimónia culminou com a romagem ao Monumento de Homenagem aos Combatentes, sito no Jardim Lopes da Costa, onde foi depositada uma palma de flores e foram Hasteadas as Bandeiras ao som do Hino Nacional.