Cândido on Tour captou a alma da “Vila Nova do Restelo”, com Tazem ao peito
O programa do Cândido On Tour, do Canal 11, continua a manter uma ligação muito forte com a zona da Beira Interior, e muitas têm sido os regressos de Cândido Costa a esta região para gravar novos episódios. E há algo que nunca muda, incluindo no novo episódio que foi para o ar esta sexta-feira sobre o Os Vilanovenses: a enorme paixão com que o faz e a imensa honestidade e brio com que o conduz e entrega ao seu público, já fiel.
O programa acompanhou a partida entre o Vilanovenses e o Vila Franca das Naves, jogo da 22ª jornada da I Divisão Distrital da AF Guarda, que aconteceu no dia 26 de março. Os Vilanovenses venceram 2-1, mas o resultado foi o menos importante em toda esta transmissão. E o apresentador não podia ter sido melhor recebido por este clube de Vila Nova de Tazem, que é filial nº 23 do histórico Os Belenenses, clube com 88 anos e que ainda hoje mantém com o Belenenses uma relação presente e sentida. Ficámos aliás a saber que o clube se tornou filial do histórico do Restelo por sorteio: existiam diversos clubes em cima da mesa para a filial e foi por sorteio que os Belenenses foram escolhidos em assembleia do clube. Tão bem recebido que logo pela manhã e pela fresca pode realizar uma prova de vinhos com a Quinta da Tapada do Barro, já com a presença de Carlos Dias, atual presidente do clube, que deixou logo uma enorme declaração de amor ao clube e à terra, dizendo aliás que os Vilanovenses são “o melhor clube de futebol distrital a nível europeu”.
Seguiu-se depois uma passagem pela queijaria da Quinta de São Cosme, que produz Queijo Serra da Estrela, que tem a especificidade de ser feito de forma totalmente artesanal e à mão, com leite das raças de ovelha Bordaleira e Churra-Mondegueira. Mas como o Cândido Costa já nos habituou, Cândido On Tour não seria Cândido On Tour sem este se envolver diretamente com a comunidade e com o seu dia-a-dia. Desta vez, foi na petanca. Cândido Costa desafiou um jogador local em desafio e, o Cândido Costa, que nos perdoe mas acabou derrotado pela experiência de Vila Nova de Tazem. Pomposo sim, sempre, mas ainda falta o calo beirão ao campeão de petanca do Lordelo para vir cá ganhar (há quem diga que vai treinar este ano para regressar na próxima época para a tão esperada desforra). Teve ainda oportunidade de falar com Sandra Cunha, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Tazem, que ainda tem recordações de ir ver o futebol e o clube, onde até jogaram os seus tios; com o Tó, técnico de equipamentos que está no clube há mais de 20 anos e Fernando Costa, antiga glória do clube que relembrou os bons tempos do peladão que por ali existia antes do relvado. E até teve oportunidade de brilhar: à mesa a experimentar a tão famosa Alambicada de Vila Nova de Tazem, e nos pratos (nos de música também), já que os tocou com a Banda Filarmónica de Vila Nova de Tazem.
A terminar, ficam na retina as palavras que Cândido Costa deu aos jogadores no balneário: que na sua própria carreira, que considera claro positiva, não teve tudo o que queria e que acabou no distrital exatamente por esse amor maior ao futebol e que estava acima de qualquer outro tipo de recompensa. “Muitos ainda sonham lá chegar, outros já perceberam que ficam por aqui, por este patamar, mas morrem por este clube, por esta freguesia”. O Cândido On Tour é isto mesmo, amor ao futebol no seu estado mais puro e intocado por tudo o que tentamos evitar que leve a melhor neste mundo, amor ao desporto, amor ao companheirismo, e um inexplicável amor à terra que nos viu nascer ou crescer. Que nunca acabe… Nem esse amor, nem o Cândido On Tour.
