Covilhã: A Diáspora dos Cristãos-Novos em análise por Maria José Ferro Tavares

É já na próxima quinta-feira, dia 11 de maio, pelas 17:00 horas, que o Museu da Covilhã recebe mais uma tertúlia informal, no âmbito da ação “MC2: Movimentos Culturais Coletivos”.

“A Diáspora dos Cristãos Novos” é o tema em análise por Maria José Ferro Tavares, que concorda que esta temática está plenamente integrada na história da expansão europeia e da história dos vários reinos. É constituída por factos que têm que ver com a expulsão dos judeus de Espanha e de Portugal; o batismo forçado; o estabelecimento da Inquisição; o desejo dos Cristãos-novos regressarem à religião dos seus antepassados em liberdade e uma diáspora que é uma partida mas por vezes também um regresso, com todos os inconvenientes pessoais que este acarreta.

Estes e outros pormenores serão analisados na sessão informal de dia 11 de maio, por uma das maiores estudiosas dos judeus e cristãos-novos em Portugal.

A temática pensada para este mês no Museu da Covilhã, galardoado como Museu do Ano nos Prémios APOM 2022, que é o foco da tertúlia MC2, é acompanhada da exposição “Diáspora Judaica Portuguesa: Cristãos-novos, Criptojudeus, Marranos, “Gentes da Nação” (séc. XV a XXI)”.

Esta exibição, da autoria da Associação Hagadá, responsável pela criação, instalação e gestão do Tikvá – Museu Judaico Lisboa, e em parceria com a Editorial Chandeigne, contempla 21 painéis e vídeos que contam a história da diáspora judaica portuguesa no contexto sefardita, desde a sua origem (conversão forçada dos judeus portugueses em 1947), até às reminiscências contemporâneas das memórias marranas e seus lugares de memória.

Uma história judaica, mas também portuguesa, europeia e mundial que ficará patente ao público de 10 a 24 de maio, das 10:00 às 18:00, no Museu da Covilhã.

Maria José Pimenta Ferro Tavares é historiadora e professora portuguesa, especialista na história dos judeus e dos cristãos novos em Portugal. Professora catedrática de nomeação definitiva pela Universidade Nova de Lisboa, é diretora da Unidade de Ensino a Distância e ex-Reitora da Universidade Aberta. Autora de vários livros sobre assuntos diversos: minorias religiosas com especial acento nos Judeus e Cristãos-Novos, pobreza, assistência e morte, as convulsões sociais do século XIV, a moeda medieval portuguesa. Tem publicações editadas em Portugal, Espanha, Estados Unidos, Israel, por exemplo.