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Diretor: Paulo Menano

“Não há machado que corte” sobe a palco em Idanha-a-Nova


O Centro Cultural Raiano (CCR), em Idanha-a-Nova, vai receber esta sexta-feira uma apresentação da ópera de câmara “Não há machado que corte”, pelas 21 horas.
Uma ópera que é inspirada na figura popularmente conhecida por Maria Cachucha (Maria Purificação da Silva, 1900-1960), que trabalhava no Matadouro Municipal de Torres Vedras e era a única mulher em Portugal que, à época, matava bois. Um espetáculo que conta com composição musical de Luís Solnado e libreto de Rui Zink. Linda Valadas encenou e Sérgio Loureiro foi responsável pela cenografia e figurinos, sendo que neste dia vão orientar uma oficina criativa para os jovens do concelho.
Rui Zink explica a peça e resume a sua narrativa. “Um jovem jornalista aventura-se na floresta para ir entrevistar a famosa Maria Cachucha, uma personagem estranha sobre a qual correm muitas lendas. A de que é um homem vestido de mulher, mas tão forte que, se alguém se atrever a troçar, está em sarilhos grandes. A de que é uma mulher, mas tão de pelo na venta que nem os mais corajosos pescadores se atrevem a desafiá-la para um braço de ferro. Trabalha num matadouro e usa saias. Mata, e consta que não só animais.”, referiu então um dos autores deste trabalho.
Uma peça que tem momentos de humor mas também de intriga e reflexão, nomeadamente sobre a temática do género, para que o espectador possa refletir sobre a igualdade e subjetividade de género e sobre a afirmação da mulher nas sociedades contemporâneas a que temos assistido.
Um espetáculo financiado pela República Portuguesa-Cultura/DGARTES, ao abrigo do Programa de Apoio à Programação da RTCP – Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, da qual o CCR faz parte.